Robert Denru era um inspetor chefe e um
dos principais detetives da França no final do século 19. Aos 34 anos, Denru
ficou muito conhecido como o policial que pegava os assassinos e ia atrás de
todos que violavam a lei. Denru era um ótimo policial e todos os bandidos
temiam-no. Além disso, Denru também fazia outras coisas como por exemplo,
acabar com os cultos de magia negra e prendia vários anarquistas da cidade de
Paris, ele também até chegou a prender rebeldes que planejavam derrubar o
governo. Então, Robert Denru era um policial de respeito por toda a cidade de
Paris.
Certo dia, devido a um misterioso
desaparecimento de alguns marinheiros na pequena cidade costeira de Le Havre,
Robert foi convocado para ir até a cidade e investigar o caso.
Quando ele chegou ao porto de Le Havre,
foi direto para um hotel e dormiu cedo. Tendo o costume de dormir com seu
revólver debaixo do travesseiro, assim o fez.
No dia seguinte quando acordou, ele
começou a se arrumar para ir à delegacia, só que ele percebeu que suas meias
estavam molhadas, Robert ficou intrigado pois seus sapatos também estavam
molhados e não sabia por qual motivo eles estavam daquele jeito, pois quando
ele foi dormir, estava tudo normal. Como naquele dia Robert não acordou muito
cedo e estava um pouco atrasado, resolveu deixar para lá e saiu correndo para a
delegacia.
Ao chegar lá, foi informado de que o caso
dos marinheiros que haviam desaparecidos teria que esperar pois outro caso mais
cruel teria acontecido naquela madrugada, e Robert teria que investigá-lo.
Naquela madrugada um assassinato foi cometido e o caso acabou ficando em
prioridade.
A vítima era um homem de meia idade chamado
Lucca Marquina, ele era proprietário de uma loja de roupas em Paris. Ele tinha
o costume de chegar à cidade de Le Havre pelo porto mas por algum motivo
naquela madrugada seu corpo foi encontrado baleado na praia. Robert então foi
para a cena do crime juntamente de outros detetives e policiais para começarem
as investigações e procurar a origem do disparo que tirou a vida de Lucca.
Robert não demorou muito para encontrar um
conjunto de pegadas próximas ao corpo, e elas levavam para longe do homem
morto. Para analisar melhor as pegadas, Robert pediu para a perícia fazer
moldes de gesso do formato das pegadas, para assim poder analisar melhor suas
características. Assim que um par dos moldes das pegadas ficou pronta, Robert
os pegou e se isolou em um canto da praia para melhor analisá-los, e ficou lá
por várias horas.
Quando voltou, Robert falou para os outros
policiais que não tinha mais motivo para estar ali pois depois de analisar os
moldes, em sua cabeça o caso já estava resolvido, ele já sabia quem era o
assassino.
Robert então, estava com os moldes de
gesso e a bala do crime em suas mãos, então ele pegou o primeiro trem para
Paris onde ele foi contar toda essa história para seu superior.
Com as análises de Robert, a bala havia
saído de uma pistola alemã e logo depois de afirmar isso, seu superior
rapidamente chamou vários outros detetives e policiais para sua sala. Robert
continuou seu raciocínio e mostrou para todos uma pistola alemã. Eles não
estavam entendendo nada mas logo após, Robert seguiu. Ele mostrou os moldes do
pé do assassino, o molde de gesso que havia pedido para ser feito, e por
curiosidade, o molde do pé direito do assassino não tinha polegar.
Foi depois disso então que todos naquela
sala, concluíram quem era o assassino, Robert não descobriu apenas isso, ele
sabia de outras coisas e foi contando. Em todos os estudos que Robert fez, o
assassino teria acordado à meia-noite, vestiu meias, sapatos e roupas, depois
saiu de seu quarto no primeiro andar, e foi para a praia. Depois de um longa
caminhada, o assassino se deparou com a vítima, a vítima estaria na praia de
madrugada andando tranquilamente e o assassino quando encontrou a vítima, teria
conversado com ela antes de executá-la, Robert disse que não tinha certeza do
que o assassino havia falado para a vítima, mas ele sabia que o assassino teria
conversado com ela e que ele sacou a arma e atirou três vezes em seu peito.
Depois disso, à medida que Robert contava a
suposta história do crime, seu superior olhava para ele com uma cara pasma sem
entender nada, e no final, Robert declarou: "Eu acho que esse assassino
não sabia o que estava fazendo. Acredito que estava sonâmbulo e cometeu o
assassinato enquanto estava em transe” e ele continuou dizendo, “Acho que estou
doente, e eu poderia facilmente matar outra pessoa dessa maneira. Por isso
insisto que devo ser preso e colocado em algum lugar onde não possa fazer mal a
mais ninguém.” A princípio, os oficiais e seu superior ficaram perplexos pois
não estavam acreditando que Robert Denru, o policial mais célebre de Paris
poderia ter feito aquilo. Mas com todas as provas e relatos a respeito ele
mesmo, não tinha como duvidar.
Analisaram tudo e descobriram que Robert
sofria de um sonambulismo muito forte, mas mesmo assim, muitos policiais
adoravam Robert e não queriam de jeito nenhum acreditar nisso, então para
tentar provar a inocência de Robert, fizeram vários testes, um deles foi
colocar uma pistola carregada na sela onde estava preso, então em uma noite de
surto, levantou-se de sua cama e disparou contra os guardas da sela, mas
felizmente, não conseguiu acertá-los. Isso convenceu as autoridades de que
Robert realmente era um perigo durante o sono e que ele tinha problemas sérios em
que poderia fazer as coisas sem controle.
Por causa disso, acabaram inocentando
Robert devido aos seus problemas, pois ele não havia matado Lucca Marquina
conscientemente, foi um acidente. Ele foi declarado inocente, mas viveu recluso
em uma fazenda fora de Paris. Mesmo assim, Robert foi vigiado por médicos e
policiais que garantiam que ele não matasse mais ninguém durante seus últimos
46 anos de vida, até sua morte em 1941.
(Nícolas dos Santos Wronski,
aluno
da 8 ano A, EE Maria Francisca Deoclécio Arrivabene)
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