segunda-feira, 14 de março de 2022

O Misterioso Caso Em Le Havre

 

 O Misterioso Caso Em Le Havre

 

      Robert Denru era um inspetor chefe e um dos principais detetives da França no final do século 19. Aos 34 anos, Denru ficou muito conhecido como o policial que pegava os assassinos e ia atrás de todos que violavam a lei. Denru era um ótimo policial e todos os bandidos temiam-no. Além disso, Denru também fazia outras coisas como por exemplo, acabar com os cultos de magia negra e prendia vários anarquistas da cidade de Paris, ele também até chegou a prender rebeldes que planejavam derrubar o governo. Então, Robert Denru era um policial de respeito por toda a cidade de Paris.

     Certo dia, devido a um misterioso desaparecimento de alguns marinheiros na pequena cidade costeira de Le Havre, Robert foi convocado para ir até a cidade e investigar o caso.       

     Quando ele chegou ao porto de Le Havre, foi direto para um hotel e dormiu cedo. Tendo o costume de dormir com seu revólver debaixo do travesseiro, assim o fez.

     No dia seguinte quando acordou, ele começou a se arrumar para ir à delegacia, só que ele percebeu que suas meias estavam molhadas, Robert ficou intrigado pois seus sapatos também estavam molhados e não sabia por qual motivo eles estavam daquele jeito, pois quando ele foi dormir, estava tudo normal. Como naquele dia Robert não acordou muito cedo e estava um pouco atrasado, resolveu deixar para lá e saiu correndo para a delegacia.

     Ao chegar lá, foi informado de que o caso dos marinheiros que haviam desaparecidos teria que esperar pois outro caso mais cruel teria acontecido naquela madrugada, e Robert teria que investigá-lo. Naquela madrugada um assassinato foi cometido e o caso acabou ficando em prioridade.

    A vítima era um homem de meia idade chamado Lucca Marquina, ele era proprietário de uma loja de roupas em Paris. Ele tinha o costume de chegar à cidade de Le Havre pelo porto mas por algum motivo naquela madrugada seu corpo foi encontrado baleado na praia. Robert então foi para a cena do crime juntamente de outros detetives e policiais para começarem as investigações e procurar a origem do disparo que tirou a vida de Lucca.

     Robert não demorou muito para encontrar um conjunto de pegadas próximas ao corpo, e elas levavam para longe do homem morto. Para analisar melhor as pegadas, Robert pediu para a perícia fazer moldes de gesso do formato das pegadas, para assim poder analisar melhor suas características. Assim que um par dos moldes das pegadas ficou pronta, Robert os pegou e se isolou em um canto da praia para melhor analisá-los, e ficou lá por várias horas.

     Quando voltou, Robert falou para os outros policiais que não tinha mais motivo para estar ali pois depois de analisar os moldes, em sua cabeça o caso já estava resolvido, ele já sabia quem era o assassino.

     Robert então, estava com os moldes de gesso e a bala do crime em suas mãos, então ele pegou o primeiro trem para Paris onde ele foi contar toda essa história para seu superior.

     Com as análises de Robert, a bala havia saído de uma pistola alemã e logo depois de afirmar isso, seu superior rapidamente chamou vários outros detetives e policiais para sua sala. Robert continuou seu raciocínio e mostrou para todos uma pistola alemã. Eles não estavam entendendo nada mas logo após, Robert seguiu. Ele mostrou os moldes do pé do assassino, o molde de gesso que havia pedido para ser feito, e por curiosidade, o molde do pé direito do assassino não tinha polegar.

        Foi depois disso então que todos naquela sala, concluíram quem era o assassino, Robert não descobriu apenas isso, ele sabia de outras coisas e foi contando. Em todos os estudos que Robert fez, o assassino teria acordado à meia-noite, vestiu meias, sapatos e roupas, depois saiu de seu quarto no primeiro andar, e foi para a praia. Depois de um longa caminhada, o assassino se deparou com a vítima, a vítima estaria na praia de madrugada andando tranquilamente e o assassino quando encontrou a vítima, teria conversado com ela antes de executá-la, Robert disse que não tinha certeza do que o assassino havia falado para a vítima, mas ele sabia que o assassino teria conversado com ela e que ele sacou a arma e atirou três vezes em seu peito.

      Depois disso, à medida que Robert contava a suposta história do crime, seu superior olhava para ele com uma cara pasma sem entender nada, e no final, Robert declarou: "Eu acho que esse assassino não sabia o que estava fazendo. Acredito que estava sonâmbulo e cometeu o assassinato enquanto estava em transe” e ele continuou dizendo, “Acho que estou doente, e eu poderia facilmente matar outra pessoa dessa maneira. Por isso insisto que devo ser preso e colocado em algum lugar onde não possa fazer mal a mais ninguém.” A princípio, os oficiais e seu superior ficaram perplexos pois não estavam acreditando que Robert Denru, o policial mais célebre de Paris poderia ter feito aquilo. Mas com todas as provas e relatos a respeito ele mesmo, não tinha como duvidar.

     Analisaram tudo e descobriram que Robert sofria de um sonambulismo muito forte, mas mesmo assim, muitos policiais adoravam Robert e não queriam de jeito nenhum acreditar nisso, então para tentar provar a inocência de Robert, fizeram vários testes, um deles foi colocar uma pistola carregada na sela onde estava preso, então em uma noite de surto, levantou-se de sua cama e disparou contra os guardas da sela, mas felizmente, não conseguiu acertá-los. Isso convenceu as autoridades de que Robert realmente era um perigo durante o sono e que ele tinha problemas sérios em que poderia fazer as coisas sem controle.

       Por causa disso, acabaram inocentando Robert devido aos seus problemas, pois ele não havia matado Lucca Marquina conscientemente, foi um acidente. Ele foi declarado inocente, mas viveu recluso em uma fazenda fora de Paris. Mesmo assim, Robert foi vigiado por médicos e policiais que garantiam que ele não matasse mais ninguém durante seus últimos 46 anos de vida, até sua morte em 1941.

                                                                                                          (Nícolas dos Santos  Wronski,   

                                                   aluno da 8 ano A, EE Maria Francisca Deoclécio Arrivabene)

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